‘Golpe dos nudes’: polícia indicia 15 pessoas por usar fotos íntimas para extorquir homens em MS
01/10/2025
(Foto: Reprodução) Viatura da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos (DERF).
Reprodução/PCMS
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, através da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF) indiciou 15 pessoas por extorsão e participação em organização criminosa. O grupo, do Rio Grande do Sul, é suspeito de aplicar o chamado “golpe dos nudes” contra moradores de Campo Grande.
De acordo com a investigação, o golpe seguia três etapas: atração, conquista e extorsão. As vítimas eram, em sua maioria, homens casados, idosos ou de meia-idade.
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O golpe começava com a criação de perfis falsos em redes sociais. Os golpistas usavam imagens e dados de mulheres jovens, com aparência entre 16 e 25 anos.
Esses perfis pareciam reais: tinham amigos em comum, publicavam conteúdos e adicionavam contatos das vítimas. Após iniciar a conversa, enviavam fotos íntimas e pediam imagens semelhantes em troca.
Após o envio das fotos, outra pessoa se passava por parente da suposta adolescente. Ela dizia que a jovem estava abalada e exigia dinheiro como forma de compensação.
Na sequência, um terceiro golpista se apresentava como delegado. Ele afirmava que a jovem era menor de idade e que o envio das imagens configurava crime. Com ameaças de prisão e exposição pública, as vítimas transferiam dinheiro para contas indicadas pela quadrilha.
Suspeito
Eric Basso da Silva foi identificado como líder do grupo, segundo a Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos. Ele já tem passagens por porte ilegal de arma e tráfico de drogas, e esteve preso no sistema penal do Rio Grande do Sul. Seu último endereço conhecido é em Bento Gonçalves (RS).
Eric também teria coordenado os depósitos e contratado um detetive particular para vigiar uma das vítimas e seus familiares. O objetivo era intimidar, enviando fotos da rotina deles.
Encaminhamento à Justiça
A Polícia Civil concluiu os inquéritos e encaminhou o caso à Justiça. Agora, o Ministério Público vai avaliar se apresenta denúncia contra os suspeitos.
A investigação teve apoio do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Informáticos (DERCC) e da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos (DRPCPE), ambos do Rio Grande do Sul.
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