Brasileira que trabalha na rádio do Vaticano relembra momento único de ter filho batizado pelo papa Francisco: 'Quase não acreditava'

  • 30/04/2025
(Foto: Reprodução)
Mariângela Jaguraba, jornalista do portal de notícia oficial do Vaticano e mineira de Juiz de Fora, cobriu os 12 anos do papado de Francisco e esteve com ele em diversas ocasiões. 'Foi como ter perdido alguém muito próximo', disse em entrevista ao g1. Filho de jornalista brasileira é batizado pelo papa Francisco na Capela Sistina. Se para os milhões de cristãos espalhados pelo mundo a perda do papa Francisco gerou um misto de tristeza e saudade, para a brasileira Mariângela Jaguraba, nascida e criada em Juiz de Fora (MG), o sentimento é de “ter perdido alguém muito próximo”, como ela mesma descreveu ao g1. 🔔 Receba no WhatsApp notícias da Zona da Mata e região A jornalista trabalha no programa brasileiro da Vatican News e, durante os 12 anos de papado de Francisco, participou de eventos e celebrações ao lado dele. O laço afetivo com Jorge Mario Bergoglio se intensificou em janeiro de 2015, quando o filho dela, Martin, foi batizado na Capela Sistina pelo pontífice. “Chorei muito esses últimos dias com a perda do papa. Foi como ter perdido alguém muito próximo. Foram dias muito tristes e intensos. Tem hora que eu ainda não acredito que ele se foi”. Filho batizado pelo papa Francisco A mineira de família humilde mudou-se do Bairro Benfica, em Juiz de Fora, para Roma no início dos anos 1990, para trabalhar inicialmente em casas de famílias italianas. Entrou na Universidade Gregoriana, concluiu o curso de comunicação social e fez estágio na Rádio Vaticano, onde trabalha há 19 anos. Nos 12 anos de papado de Francisco, teve encontros profissionais com o pontífice, até que, em 2015, ele próprio foi o responsável pelo batizado de Martin, filho mais novo da brasileira com o ugandense John Baptist. Martin, filho da jornalista Mariângela Jaguraba, foi batizado por Francisco em 2015 Arquivo pessoal “O Martin nasceu em 7 de novembro de 2014. Ele tinha apenas 2 meses quando foi batizado pelo papa Francisco, em 11 de janeiro de 2015, na Capela Sistina”. A celebração batizou também outras 32 crianças, filhas dos funcionários do Vaticano. “Eu e meu marido preenchemos um formulário e fizemos o pedido, mas sem esperança que fosse ser aceito porque já estávamos quase na metade de novembro”, explicou. “Foi um sentimento de alegria imensa, mesmo porque não esperávamos. Tudo aconteceu muito rápido, sem planejamentos. Ter um filho batizado por um Pontífice não é algo que acontece frequentemente. Sinto muita gratidão a Deus por ter dado a mim e à minha família esse presente", relembrou com carinho. "Lembro-me até hoje do olhar de carinho dele para com a minha família nos momentos em que nos aproximamos para cumprir os ritos da celebração do batismo. Por exemplo, nos momentos em que ele fez o sinal da cruz na testa do Martin e depois quando derramou água na cabeça dele. Eu quase não acreditava. Meu filho sendo batizado pelo Papa Francisco dentro da Capela Sistina." 'Cumprimentava todos e nos agradecia pelo trabalho' Mariângela recordou-se com carinho dos encontros com Francisco nas audiências gerais, realizadas às quartas-feiras com fiéis do mundo inteiro. “Ao chegar, ele cumprimentava todos os leitores e nos agradecia pelo trabalho que fazíamos”. Ela cita também as celebrações na capela da Casa Santa Marta, onde o papa morou no início do pontificado. “Ele celebrava a missa privada todas as manhãs às 7h. Depois, abriu para a participação dos funcionários vaticanos, e também vários grupos paroquiais participaram da missa com ele. A missa tornou-se pública”, lembrou. Jornalista Mariângela Jaguraba participando da Audiência Geral ao lado do papa Francisco “Em 31 de outubro do ano passado, o encontrei novamente quando ele recebeu os funcionários do Dicastério para a Comunicação, que seria o nosso Ministério das Comunicações. Naquele dia, a nossa redação brasileira fez uma linda foto com ele”. Mariângela e outros jornalistas brasileiros em encontro com o papa Francisco em outubro do ano passado Arquivo pessoal Legado inclui valorização das mulheres Perguntada pelo sentimento pela perda de Francisco, Mariângela destaca a gratidão. “Gratidão por ter batizado o meu filho. Gratidão pelos seus ensinamentos e sua coerência de vida cristã, pela alegria e pela maneira com que tocava os corações das pessoas e testemunhava Jesus Cristo”. Mariângela Jaguraba, de Juiz de Fora, trabalha na Rádio do Vaticano há quase 20 anos Arquivo pessoal Ela também destacou o legado de Francisco na valorização das mulheres, especialmente aquelas que trabalham no Vaticano. "Ele pediu que as mulheres fizessem as leituras em várias línguas nas audiências gerais, que antes eram feitas por monsenhores. Gratidão por ele ter nomeado mulheres para cargos de chefia, como a governadora da Cidade do Estado do Vaticano, irmã Raffaella Petrini, e a diretora dos Museus Vaticano, Barbara Jatta", avaliou. "Ele vai deixar muitas saudades. Foi um Papa muito próximo às pessoas". LEIA TAMBÉM: Papa Francisco ganha obra sacra produzida por escultor mineiro de presente 'Pastor com cheiro de ovelha', Papa Francisco eterniza legado de reforma e simplicidade na Igreja Católica Igreja beatifica Isabel Cristina, mineira brutalmente assassinada aos 20 anos Saiba quem foi Isabel Cristina, brasileira que será beatificada daqui a um mês ASSISTA: Cardeal nascido em Capela Nova viaja para Roma para despedida de Francisco Cardeal de Capela Nova pode ser o novo papa, mas não votará no conclave 📲 Siga o g1 Zona da Mata: Instagram, X e Facebook VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes

FONTE: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2025/04/30/brasileira-que-trabalha-na-radio-do-vaticano-relembra-momento-unico-de-ter-filho-batizado-pelo-papa-francisco-quase-nao-acreditava.ghtml


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